domingo, 21 de dezembro de 2008

POS DOS ARQUIVOS


PÓS DOS ARQUIVOS
Acrísio torres in Gazeta de Sergipe

No ano de 1876, o Presidente da Província ARAÚJO PINHO vem anunciar a população de Sergipe o fim dos quilombos. Os haviam trazido interior em pânico,atacando engenhos,fazenda, violentos saqueadores.

Divina pastora, Capela, Rosário do catete, Maruim, Laranjeiras,haviam sido locais de agrupamento de fugidos. Era chefe geral desses quilombos, o quilombala João Mulungu.

Tinha apenas 25 anos, crioulo de estatura regular e, segundo documentos da época era “um pouco ladino e insinuante”, era o terror das populações do interior, mormente dos curraleiros e senhores de engenho.

Na captura de mulungu foram postos em prática os planos do DR.
Vieira de Melo , Juiz de divina Pastora, e as diligências do Capitão Batista da Rocha, Bravo, Sagaz, este oficial era capaz de empresas mais arriscadas. Durou cinco dias e cinco noites a diligência, mas ao cabo das fadigas e perigos, Mulungu, foi preso no lugar flor Roda, em Rosário do catete. Mulungu, o mais famoso quilombola de Sergipe.

Mãos amarradas à frente da escolta, o célebre bandido negro foi conduzido à capital da província. Todos se sentiram aliviados, a mercê do Juiz Vieira de melo e do auxiliar imediato,alferes Marcolino Franco .Aracaju daqueles idos, assistiu levemente assustada, muda, a passagem de Mulungu.
Na cadeia pública, foi objeto de curiosidade da população e, durante anos, ocupou a memória das populações interioranas que aterrorizara. Vigoroso nas arremetidas e resistências. Mulungu também se mostrou forte na prisão, ante juizes e autoridades. Por isso mesmo, dissera durante o processo preferir ser enforcado (e foi) em praça pública a voltar para casa de seu senhor.

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